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O que é castidade? 

O domínio de si mesmo é fundamental para a pessoa ser capaz de se doar aos outros

O sexo tem um sentido muito profundo; é o instrumento da expressão do amor conjugal e da procriação. Toda vez que ele é usado, antes ou fora do casamento, de qualquer forma que seja, peca-se contra a castidade. 

A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual (Cf. Gl 5,22-23). O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo (Cf. Catecismo da Igreja Católica - CIC §2345). 

“E todo aquele que nele tem esta esperança, se torna puro como ele é puro” (1Jo 3,3). A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade do homem em seu ser corporal. Para se viver uma vida casta é necessária a aprendizagem do domínio de si; ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz. 

Santo Agostinho disse que: “A dignidade do homem exige que ele possa agir de acordo com uma opção consciente e livre, isto é, movido e levado por convicção pessoal e não por força de um impulso interno cego ou debaixo de mera coação externa. O homem consegue esta dignidade quando, libertado de todo cativeiro das paixões, caminha para o seu fim pela escolha livre do bem e procura eficazmente os meios aptos com diligente aplicação.” (Confissões, 10,29,40). 

Para se viver segundo a castidade é preciso resistir às tentações por intermédio dos meios que a Igreja nos ensina: fugir das tentações, obedecer aos mandamentos, viver uma vida sacramental, especialmente freqüentando sempre a Confissão e a Comunhão, e viver uma vida de oração. Muito nos ajuda nisso a reza do santo Rosário de Nossa Senhora e a devoção e auxílio dos santos (cf. CIC §2340). 

Santo Agostinho afirmou também que: “A castidade nos recompõe, reconduzindo-nos a esta unidade que tínhamos perdido quando nos dispersamos na multiplicidade” (Confissões, 10,29,40). 

A virtude da castidade é comandada pela virtude cardeal da temperança, que faz depender da razão as paixões e os apetites da sensibilidade humana (cf. CIC §2341). O homem que vive entregue às paixões da carne, na verdade, vive de “cabeça para baixo”; sua escala de valores é invertida; torna-se fraco. Não é mais um homem; mas, uma caricatura de homem. 

Infelizmente, a sociedade hoje ensina os jovens a darem vazão e satisfação a todos os baixos instintos; essa “educação” é uma forma de animalizar o ser humano, pois coloca os seus instintos acima de sua razão e de sua espiritualidade. 

O domínio de si mesmo é fundamental para a pessoa ser capaz de se doar aos outros. A castidade torna aquele que a pratica apto para amar o próximo e ser uma testemunha do amor de Deus. Quem não luta para ter o domínio de si mesmo é um egoísta; não é capaz de amar. Por isso, a castidade é escola de caridade. A Igreja ensina que: “Todo batizado é chamado à castidade. O cristão “se vestiu de Cristo” (Cf. Gl 3,27), modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade” (CIC §2348). 

Santo Ambrósio ensinava que: “As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na continência; isso significa viver a vida sexual apenas com o seu cônjuge. Existem três formas da virtude da castidade: a primeira, dos esposos; a segunda, da viuvez; a terceira, da virgindade. Nós não louvamos uma delas excluindo as outras. Nisso a disciplina da Igreja é rica (Vid. 23)” (CIC §2349). 

Também os noivos são chamados a viver em castidade. A vida sexual só deve ser vivida após o casamento, pois só então o casal se pertence mutuamente, e para sempre, com um compromisso de vida assumido um com o outro para sempre. 

“Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade”. 

(Artigo extraído do livro “A MORAL CATÓLICA”) 

Felipe Aquino

felipeaquino@cancaonova.com

 

 

Confissão, O Sacramento do Perdão

O que vive na cabeça de muitos fiéis...

Como todos nós sabemos, somos seres totalmente pecadores. A cada instante, a cada piscar de olhos, cometemos nossos deslizes. O pecado original deixou em nós uma raiz muito profunda do mau. O pecado é tudo aquilo que não vem de Deus. Pecamos quando restringimos as leis dos Mandamentos e fazemos Deus descontente com os seus filhos. 

Em 1Cor 3,16-17, São Paulo nos ensina que somos templos vivos do Espírito Santo, ou seja, o próprio Deus mora em nós. Vamos partir para um exemplo mais simples: Nós quando recebemos uma visita em nossa casa, tentamos mantê-la limpa, para que todos os visitantes possam se sentir confortáveis e satisfeitos. O mesmo deve acontecer com nosso Pai Celeste, quando O recebemos através da Eucaristia ou em nosso dia-a-dia, devemos manter o nosso corpo, que é Templo do Espírito Santo, limpo de toda sujeira vinda do demônio. Essa sujeira como todos sabem é o pecado. Mas como posso cuidar do meu corpo, que é Templo do Espírito Santo? 

É através do Sacramento da Confissão que fazemos uma verdadeira 'faxina' em nosso interior. Vamos agora saber um pouco mais sobre esse Sacramento tão importante. O Sacramento da Confissão é um Sacramento de Cura (junto com o Sacramento da Unção dos Enfermos), através dele obtemos o perdão de nossos pecados por maior que seja. 

Mas para obter esse perdão, existe condições importantíssimas que sem elas nenhum pecado pode ser absolvido: o arrependimento, o exame de consciência e o propósito. O arrependimento é quando estamos convincentes de nossas faltas, ou seja, temos toda certeza que erramos e não deveríamos fazer o que fizemos. O exame de consciência é quando estamos conscientes de nossos pecados. Devemos sempre antes do Sacramento, realizar em ritmo de oração um exame de tudo o que fizemos de errado desde a última vez que recebemos o Sacramento. 

O propósito é quando, saímos do Confessionário, decididos de tentar não cometer os mesmos pecados que foram cometidos e que nos arrependemos. Essa condição é muito importante, pois não adianta nada nos arrependermos e cometermos os mesmos pecados. Devemos buscar a Santidade que Jesus pediu a todos. 

Existe uma dúvida que vive na cabeça de muitos fiéis: Por que devo confessar-me com o sacerdote, se posso diretamente me confessar com Deus? 

A resposta é bem simples, o próprio Jesus deu a seus apóstolos o poder de perdoar os pecados: 'Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.' (Jo 20,23). Os sacerdotes que perdoam os pecados nos dias de hoje, são instrumentos de Deus para que seus pecados sejam absolvidos. É o próprio Deus naquele momento dizendo a você: 'Meu filho, os seus pecados estão perdoados. Vá em Paz!' 

O cristão tem um compromisso com a Igreja muito importante: deve-se confessar pelo menos uma vez por ano. Esse compromisso que falo é um dos cinco mandamentos de nossa Igreja. Tudo o que você leu serve para que você saiba e encontre na confissão a cura dos seus pecados. 

É lindo e agradabilíssimo para o cristão sair do confessionário com o coração leve e pronto para começar tudo de novo. Pode ser comparado a um vaso que foi quebrado e restaurado novamente, e dado a ele um brilho novo de alegria e vida em Cristo Jesus.

Fonte: Canção Nova